sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nené 7


Há pessoas que nos povoam a existênica.
Néné é um dos habitantes da minha por "culpa" do meu avô que foi dirigente associativo do Ferroviário da Manga.
Estar com o Nené na semana passada foi um jornada que me maravilhou e que retribuiu grande parte do empenho que tenho tido na gloriosa Casa do Benfica (10) de Pombal



Partilho um texto que li na net

Tamagnini Manuel Gomes Batista Nené, nascido no dia 20 de Novembro de 1949, em Leça da Palmeira. Para a História fica conhecido como Nené, o Nené do Benfica que marca um tempo em que se falava do Benfica do Bento, do Humberto, do Shéu, do Néné…
Nené é, de todos os que tiveram a supina honra de jogar de águia ao peito, o que mais vezes vestiu a nossa gloriosa camisola: 941 vezes, entre jogos particulares e oficiais nos diferentes escalões. Construiu toda a sua carreira sénior no Benfica. Jogava em Moçambique, no Ferroviário da Manga, quando, em Dezembro de 1966, o Benfica começou a negociar a sua transferência.
Era um miúdo com apenas 16 anos!! No ano seguinte já jogava nos juniores do Benfica, no Clube onde já um seu familiar se tornara mítico: Cavém.
Néné deixou o futebol 20 anos depois, em 1986.
Jogou sempre no Glorioso. Como sénior, fez 577 jogos oficiais, marcou 361 golos, ganhou 10 Campeonatos Nacionais, 7 Taças de Portugal e 2 Super Taças.
Começou, devido à sua impressionante velocidade, como extremo-direito. Em 75/76 já era ponta-de-lança. Se já marcava muitos golos como extremo, como ponta-de-lança passou a ser, constantemente, um dos melhores marcadores do nosso campeonato.
O seu talento como goleador fez dele o terceiro melhor marcador da História do nosso Clube… batido apenas por dois futebolistas cujo nome se confunde com o do próprio Benfica: Eusébio e José Águas.
Habituámo-nos a ouvir o nome do Nené gritado nos relatos radiofónicos depois de se ter gritado golo do Benfica. Nené era o avançado sempre presente, com o número 7 herdado dos primeiros tempos como extremo.
Foi o nome de Nené que ouvimos gritar golo por três vezes numa final da Taça de Portugal contra o FC Porto. Era o Nené de quem os mais velhos contavam façanhas ímpares como a de ter marcado 5 golos ao Ajax, no Parque dos Príncipes, durante o Torneio de Paris. Era o Nené que, quase pairando, quase sem se sentir o seu peso no relvado e dissimulado como devem ser os pontas-de-lança que parecem jogar de smoking, surgia de onde menos se esperava para fazer o que é mais difícil e mais valioso no futebol. O Nené é o grande mito que podia estar “ausente” do jogo durante 89 minutos, mas a quem bastava um subtil toque na bola, no nonagésimo minuto, para fazer o golo.
Em 84, durante o Europeu, o Nené encarregou-se de mostrar que, também ao serviço da Selecção, havia um lugar para si. Apesar da excelência da concorrência (Jordão e Gomes). Nené acabou, mais uma vez, por mostrar o seu instinto goleador e a sua importância para tentar a coesão de um grupo fragmentado por natureza. Na Selecção AA teve 66 internacionalizações e marcou 22 golos. Estes números são impressionantes se atendermos à quantidade de jogos que a nossa Selecção
Associada à imagem do Nené está o velho chavão de que ele “nunca sujava os calções”. Nené respondia que «Se os não sujava era porque achava que não precisava.» Remate certeiro e golo.
Era assim o Nené, inteligente e frio com as palavras, inteligente e frio no momento de rematar para a baliza. É assim o nosso Nené, apaixonado pelo seu (nosso) Benfica e orgulhoso da sua carreira dizendo: «Sinto-me um privilegiado. Afinal foram tantos os jogadores a representar o Benfica e ser logo eu a ter a sorte de jogar mais vezes do que todos os outros».
É de exemplos como o de Nené que o nosso benfiquismo se foi construindo. É a senhores como o Nené que temos de agradecer o que contribuíram para cimentar a paixão que continuo a sentir pelo no nosso Benfica.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Freguesias

O tema político local actual é a reagornização das nossas freguesias.
A discussão desorganizada que se vai fazendo, a manter-se o formato de discussão, não nos levará a nenhum lado.
É pena que os nossos líderes, os nossos políticos, que estão mais preparados e que detêm mais informação, não tenham, em tempo, criado fóruns (ou utilizando os que já existem) para que este processo não tenha tido a qualidade de discussão (e a inerente evolução educativa) para resultar junto e com as populações.
Cheguei a pensar que, dado a elevada sensibilidade do tema e face à primeira conferência com o sr secretário de estado, o PSD Pombal (concelhia e autarcas)liderasse este processo de modo a,juntamente com as populações, produzisse a reforma que é necessária e que criasse ganhos evidentes para todos. Mas não!

Esta reorganização e a maneira como está a ser feita vai redundar num falhanço histórico.
Ao invés do que se está a fazer: forçar a junção em linha com o passado e a história (mais volta, menos volta é o que estão a fazer) existem outros critérios que não estão a ser levados em conta com o devido valor.
Caso a caso, freguesia a freguesia existem pontos de contacto populacionais que a reforma administrativa deveria considerar, por exemplo:
- lugares geograficamente juntos, em que as populações coexistem e convivem com um só e que pertencem a freguesias e a concelhos diferentes
- lugares separados pela mesma estrada que a vizinha da frente é de uma freguesia e de um concelho diferente e que o lugar é o mesmo
A redefinição de limites de freguesias, deixando-os de os fazer pelas estradas, caminhos e ribeiras levaria, feito com as populações (porque não referendando localmente?) deixaria em parte os espíritos para aceitar uma NOVA Definação das freguesia.
Com esta proposta de uma NOVA Definição de das freguesias não existiria espaço para se reviverem fantasmas do passado (tem muito presente nas freguesias que ao longo dos anos "conquistaram" a sua "autonomia" sobre a freguesia mãe) mas uniriam-se as populações para construir um futuro com freguesias maiores e mais dotadas de meios.
Mais dotadas de meios... e é este ponto outra falha deste processo; pois não há (ou o debate não nos informou) de quais são as competências e meios que as juntas de freguesia vão ganhar: vão poder, de facto, ter uma palavra a dizer na definição do planos e actividades que os Municipio e Órgãos do Estado se propõe a executar no seu território? Tipo: obras, escolas, segurança social, abastecimento público, recolha de lixo e resíduos, finanças (avaliações), ambiente, organização do território? Sairá a junta e o seu presidente de junta com "valor negocial reforçado"? Só falar em meios financeiros parece-me rebuçado a crianças, quando o assunto também é de adultos!
A mexer no mapa geográfico que se mexa também no mapa de competências e de imperium no ius das freguesias... porque o que temos hoje são mais parecidas como comissão de melhoramentos (que pedem por favor ao municipio que faça e que apoie) do que verdadeiras autarquias locais com poder suficiente para melhorar e potenciar o aumento da qualidade de vida das populações que altruíticamentes e abnegadamente os autarcas de freguesia servem.