sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Adriano Moreira

Neste blogue pretendo ter um espaço de partilha de coisas que vou lendo e que julgo importante sublinhar.

Inicio com a transcrição parcial de uma entrevista de Adriano Moreira ao Jornal de de Leiria:

"Há muito que defende ser necessário e urgente a criação de um novo conceito estratégico para Portugal. Quais devem ser as linhas orientadores desse novo conceito?
Um governo que queira formular um conceito estratégico para o País deve ter em consideração que não é a única entidade que pode contribuir para isso. Deve haver um movimento da sociedade civil a apoiar as opções que vão orientar a vida do País. Depois, é preciso distinguir a previsão a curto prazo da previsão a longo prazo. Os governos estão, em primeiro lugar, obrigados a definir a previsão de curto prazo, porque os mandatos são limitados. A previsão a longo prazo exige um empenhamento da sociedade civil e não pode ser condicionada apenas pelas atitudes de um governo que, em geral, tem opções vinculadas a orientações partidárias. A reunião entre D. João I e os filhos, para definir, depois da paz com Castela, os objectivos a assumir, ajuda a compreender a definição de conceito estratégico. Na ocasião, foi feita uma avaliação da conjuntura internacional, dos recursos financeiros e humanos e do saber existentes e das resistências a enfrentar. Em função disso, foi lançado o primeiro plano de expansão marítima. Portugal precisou sempre de apoio externo para apoiar o exercício do seu poder político privativo. Ao longo dos tempos, procurou-o na Santa Sé e na aliança inglesa. Depois de 1974, não havia outro apoio possível que
não fosse a Europa. Em função dessa articulação com a Europa, é necessário definir outros fundamentos
estratégicos.

Que prioridades devem ser consideradas?
A primeira a coisa a fazer é avaliar os recursos humanos disponíveis, o que faz da educação e da investigação variáveis fundamentais na auto-sustentação e desenvolvimento do País. Depois, é necessário verificar se a sociedade civil está disponível para apoiar os objectivos que vierem a ser definidos. Avaliadas as resistências e os recursos disponíveis, é preciso escolher muito bem os horizontes dessa expansão. Face à actual definição das soberanias europeias, que são soberanias funcionais e cooperativas, África é a janela da liberdade portuguesa. A consolidação da solidariedade dos países de língua oficial portuguesa e a batalha da exportação, fortemente apoiada pela qualidade, são outros elementos"

Entrevista a Adriano Moreira in Jornal de Leiria algures em 2009

De regresso

Olá,

O Casarelo está de regresso.


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